Press - Reviews
04th June 2008
Zoom Code review, Arte Sonora
ThanatoSchizO
Zoom Code
CD, My Kingdom Music, 2008
Se algo distingue os ThanatoSchizO (TSO) na cena portuguesa é a ambição exposta na construção do seu trabalho, ultrapassa assim o simples pretensiosismo centrado em vaidades e alimenta a criatividade da banda, pauta o seu trabalho até aqui.
Mais que falar em influências, muitas vezes, por exemplo, menciona-se Opeth embora me pareça que há mais Amorphis no trabalho de TSO, importa falar em bases, pois a banda não regurgita os seus modelos, é inspirada neles – da mesma forma que um pensador pode seguir mais o socratismo de Aristóteles ou de Platão como escola, mas reiventando e actualizando os seus conceitos.
Este “Zoom Code” refina as ideias dos três álbuns que o antecederam e apresenta a banda num estágio evolutivo muito forte ao mesmo tempo que mostra a noção de rock progressivo na sua vedadeira acepção – não é algo a que baste ter músicos virtuosos, nem sequer isso é necessário, mas é sim algo que progride, que se expande a partir do empenho e trabalho para libertar as ideias de paradigmas comuns. Ao mesmo tempo que demonstra isto, “Zoom Code” consegue ser bastante directo e acessivo na sua dinânica e esse parece ser o que mais diferencia este álbum dos anteriores; aqui também ajuda a familiaridade com os estúdios Rec ‘n’ Roll que parecem cada vez mais entrosados com aquilo que a banda pretende para o seu som, ouvindo-se os trabalhos “Schizo Level” ou “InsomniusNighLift” percebe-se imediatamente esse desenvolvimento.
Esse desenvolvimento é notório também no maior balanço que a banda, agora a soar plenamente numa interpessoalidade maturada, demonstra – mais confiança nas vocalizações, mais segurança nas secções rítmicas e arrojo no trabalho de guitarras ouvem-se com grande fluidez do princípio ao fim no álbum muito coeso, em que os temas surgem como um todo, ainda assim arrisco destacar “L.” e “Pale Blue Perishes” como dois dos momentos mais altos deste grande trabalho.
Nero
ThanatoSchizO
Zoom Code
CD, My Kingdom Music, 2008

Mais que falar em influências, muitas vezes, por exemplo, menciona-se Opeth embora me pareça que há mais Amorphis no trabalho de TSO, importa falar em bases, pois a banda não regurgita os seus modelos, é inspirada neles – da mesma forma que um pensador pode seguir mais o socratismo de Aristóteles ou de Platão como escola, mas reiventando e actualizando os seus conceitos.
Este “Zoom Code” refina as ideias dos três álbuns que o antecederam e apresenta a banda num estágio evolutivo muito forte ao mesmo tempo que mostra a noção de rock progressivo na sua vedadeira acepção – não é algo a que baste ter músicos virtuosos, nem sequer isso é necessário, mas é sim algo que progride, que se expande a partir do empenho e trabalho para libertar as ideias de paradigmas comuns. Ao mesmo tempo que demonstra isto, “Zoom Code” consegue ser bastante directo e acessivo na sua dinânica e esse parece ser o que mais diferencia este álbum dos anteriores; aqui também ajuda a familiaridade com os estúdios Rec ‘n’ Roll que parecem cada vez mais entrosados com aquilo que a banda pretende para o seu som, ouvindo-se os trabalhos “Schizo Level” ou “InsomniusNighLift” percebe-se imediatamente esse desenvolvimento.
Esse desenvolvimento é notório também no maior balanço que a banda, agora a soar plenamente numa interpessoalidade maturada, demonstra – mais confiança nas vocalizações, mais segurança nas secções rítmicas e arrojo no trabalho de guitarras ouvem-se com grande fluidez do princípio ao fim no álbum muito coeso, em que os temas surgem como um todo, ainda assim arrisco destacar “L.” e “Pale Blue Perishes” como dois dos momentos mais altos deste grande trabalho.
Nero